Com frequência me pego tentando evitar que problemas aconteçam. Quando identifico que algo pode dar errado, já tento interceder na situação de forma preventiva. É algo que sempre pensei que me trazia resultados positivos, porem sempre me deixou muito ansioso, pela necessidade de sempre estar alerta para agir de forma antecipada.

Recentemente, conversando com um amigo, ele me deu a dica de tentar interceder menos e deixar as coisas seguirem o seu fluxo natural para ver o que aconteceria. Afinal mesmo “evitando” os problemas, eu seguia estressado de uma forma que não era sustentável no longo prazo. Por isso, na visão dele, valia a pena tentar um outra abordagem para ver se ao menos reduziria meu nível de estresse e preocupação.

Foi difícil no início, mas segui a dica. Quando percebia algo que poderia se tornar um problema me segurava e deixava a situação seguir seu caminho. O resultado: descobri que grande parte dos problemas que eu projetava acabava não acontecendo. E até quando as coisas davam errado, muitas vezes eram por motivos diferentes dos que eu tinha previsto. E mesmo se realmente algo desse errado da forma que eu previa, na maior parte das vezes eram erros reversíveis, que com baixo esforço eu conseguia resolver a situação.

A partir de agora, estou tentando separar mentalmente o que são realmente problemas e o que são somente preocupações. Tenho classificado os problemas como situações que já deram errado e necessitam uma ação. Já as preocupações, são as situações que podem ou não se tornar um problema, mas que não necessariamente precisam que eu faça algo no momento. Com base nisso, passei a analisar mais minhas ações e interceder somente em preocupações que tem um potencial destrutivo muito grande. Para todo o resto, deixo a situação seguir seu curso normal e lido somente com o que realmente se tornar um problema.

Não tentar evitar que todos os problemas aconteçam